Uma
cidade resiliente é capaz de “resistir,
absorver e se recuperar de forma eficiente dos efeitos de desastres
e, de maneira organizada, prevenir a perda de vidas e bens”.
Campinas, ao participar da campanha das Nações Unidas para tornar
cidades resilientes, busca “criar
uma consciência global dos benefícios da redução de riscos de
desastres e capacitar pessoas para reduzirem sua vulnerabilidade às
ameaças e ajuda as cidades a desenvolver indicadores e medidas de
desempenho para acompanhamento de seus processos”
(http://cidade-resiliente.campinas.sp.gov.br/).
A
UNICAMP deve e participará institucionalmente desse projeto em nossa
gestão. Esse projeto tem caráter estruturante, multidisciplinar e
aponta para o futuro. Envolve inúmeras áreas de atuação de nossa
Universidade e tem esforços iniciais importantes nas ações do
Grupo
Gestor Universidade Sustentável (GGUS)
e
da iniciativa Crisálida.
Neste
documento tomamos os princípios norteadores da resiliência –
recuperação do equilíbrio, gestão de mudanças, superação de
obstáculos e pressão de situações adversas – para retornar aos
princípios de nossa proposta, definidos em nossos onze Números
anteriores, de alteração radical da gestão da UNICAMP como forma
da Universidade recuperar a sua capacidade de atuação plena interna
e externamente.
Enumeramos
e esclarecemos as principais ações estruturantes que
implementaremos:
-
Descentralização: reorganização da Universidade enfatizando a descentralização administrativa, onde couber, tornando a instituição mais robusta a erros e induzindo a tomada de decisão compartilhada entre administração central e Unidades Acadêmicas;
-
Redução: otimização da estrutura administrativa central e ênfase na transparência administrativa e na divulgação das decisões administrativas como instrumentos de uma administração mais robusta, facilitando e encorajando a participação da Comunidade;
-
Gestão e responsabilidade: gestão compartilhada – tomadas de decisão e responsabilidade – entre administração central e Unidades Acadêmicas aproximando decisões e atividades fim;
-
Controle e regulação: criação e redefinição de indicadores e de instâncias de controle e regulação de modo a que a descentralização – estrutura, gestão, responsabilidade – aponte e convirja para metas de aperfeiçoamento do Ensino, Pesquisa e Extensão na Universidade;
-
Jurídico: aperfeiçoamento da estrutura atual de análise e acompanhamento de processos na UNICAMP, desvinculando Procuradoria Geral e Ouvidoria da subordinação ao Reitor.
Com
essas ações entendemos que traremos o poder de decisão, bem como a
responsabilidade por decisões, para mais próximo das atividades
fim. Unidades Acadêmicas e outras que atuem como centros
orçamentários terão orçamento próprio e individualizado –
incluído o item pessoal – acompanhado por auditoria interna a ser
definida, e aprovado pelo CONSU antes do seu envio ao Tribunal de
Contas do Estado.
Congregações
e órgãos afins passarão a atuar sob outra ótica, sendo
valorizados e podendo determinar as melhores ações para o seu
contexto interno e externo, obedecidas as regulações de caráter
geral e de acordo com a maturidade acadêmica demonstrada pela
Unidade.
Em
um primeiro momento a Universidade será gerida pelo Conselho das
Unidades Acadêmicas. Paralelamente, a reforma dos Estatutos será
realizada para a definição perene da nova estrutura e dos novos
procedimentos. Assim construiremos uma UNICAMP resiliente –
equilibrada, preparada para a evolução e para superar as
dificuldades presentes e futuras.
Venham
pensar conosco!