Apresentação


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Tuesday, February 28, 2017

Mensagem divulgada pela RTV Unicamp

Questão do G1 sobre as manifestações nas greves


G1 - Durante a atual gestão, houve a greve de servidores mais longa da história, e a reitoria foi ocupada por alunos. Qual a sua opinião sobre as manifestações e como irá ampliar diálogo?

Léo Pini - "É importante estar ciente de que a maioria dos eventos ligados a esta indagação tiveram motivação político-partidária fruto de uma situação nacional especialmente conturbada. É entendimento de grande parte da nossa comunidade docente que nossa administração central, como um todo, ausentou-se de início, acreditando que a não confrontação levaria ao apaziguamento. Isto não aconteceu e contribuiu para a impressão de falta de comando e assim para o fortalecimento de um movimento com pouca repercussão interna, mas grande alarido externo. Este erro de avaliação de nossos dirigentes, aliado a insensibilidade de lideranças estudantis e sindicais desgastou, e muito, a imagem de nossa universidade."

Questão do G1 sobre a crise financeira na Unicamp



G1 - Considerando-se a queda de receitas e a diminuição da “reserva estratégica”, quais medidas serão tomadas para melhora da situação financeira da universidade?

Léo Pini - "Nos últimos 5 anos, o comprometimento orçamentário da Unicamp com salários passou de 85,83% a 101,49% da cota-parte do ICMS fruto da queda das receitas e de uma gestão pouco cuidadosa. Nossas reservas descompromissadas estão exauridas e assim executar o orçamento 2017, já deficitário, demandará usar, no curto prazo, recursos já comprometidos com obras e investimentos. Nosso programa de gestão propõe modernizar e reduzir a estrutura administrativa, descentralizar e corresponsabilizar a gestão entre reitoria e unidades acadêmicas, incentivar a participação e o engajamento da sociedade nas atividades de extensão e de pesquisa como instrumentos de melhora a médio prazo."

Questão do G1 sobre supersalários na Unicamp



G1 -Entre as polêmicas mais recentes estão os “supersalários” (profissionais que recebem valor superior ao subsídio pago ao governador de São Paulo), e a “dupla matrícula” – portanto, em alguns casos, o funcionário tem dupla remuneração. Qual a avaliação sobre os temas?


Léo Pini -"O teto de remuneração de uma universidade como a Unicamp não pode ser inferior ao de outras universidades, sob o risco de tornar-se menos atrativa. Assim advogo um teto equivalente a 90,25% do subsídio fixado para ministro do STF [Supremo Tribunal Federal] e é neste sentido que já atuo e continuarei a atuar. Presentemente o teto já é aplicado a todos os salários na Unicamp conforme entendimento com o TCE-SP. Com relação a gratificações da administração superior (9 gratificações), posiciono-me de forma totalmente contrária à forma atualmente praticada – dupla matrícula. À remuneração total dos dirigentes – salário mais gratificação – deve ser aplicado o mesmo critério aplicado a todos os docentes."

Questão do G1 sobre o ingresso na Universidade



G1 -O Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (Paais) é suficiente para promover inclusão na universidade? É favorável ao ingresso pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada)/Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou uso da política de cotas?

Léo Pini - "O ingresso à graduação na Unicamp obedece a critérios de inclusão conforme diretrizes estaduais. Em sua versão atual, o Paais já apresenta um número de ingressantes próximo a meta de 50% de vagas a alunos provenientes do ensino público, preservando aspectos acadêmicos. Um aperfeiçoamento necessário é incluir ao Paais uma avaliação socioeconômica mais cuidadosa. O ingresso via Sisu/Enem é critério a considerar. A demanda por cotas raciais está atendida por nosso sistema de pontuação especial dedicado às populações de origem negra e indígena. Uma real solução para a questão do acesso deve abranger a LOA [Lei Orçamentária Anual] paulista, que em 2016 direcionou menos de R$ 30 bilhões para o ensino pré-universitário."

Friday, February 17, 2017

Quais as principais propostas do Sr, caso seja escolhido reitor da universidade?

O Portal G1 propôs recentemente cinco questões aos candidatos à Reitoria da UNICAMP. Acompanhe aqui quais foram as respostas de nossa chapa, começando pela primeira questão: "Quais as principais propostas do Sr, caso seja escolhido reitor da universidade?"

Reorganização da Universidade enfatizando a descentralização orçamentária e a gestão compartilhada entre Administração Central e Unidades Acadêmicas. Otimização da estrutura administrativa central, por exemplo, reduzindo para três pró-reitorias - Ensino, Pesquisa e Extensão.  Ênfase na transparência administrativa como instrumento de governabilidade. Criação de instâncias de controle e regulação de modo a que a descentralização – estrutura, gestão, responsabilidade – aponte e convirja para metas de aperfeiçoamento do Ensino, Pesquisa e Extensão na Universidade. Aperfeiçoamento da análise jurídica no âmbito da UNICAMP desvinculando e retirando a subordinação da Procuradoria ao Reitor.

Monday, February 6, 2017

Resposta à questão do jornal Correio Popular


O jornal Correio Popular, de Campinas, enviou-nos a seguinte pergunta:

A Unicamp está diante de uma crise severa, e fechou 2016 gastando com a folha de pagamentos 101,49% da receita. É possível reverter esse quadro? Como pretende enfrentar essa crise?

Segue a nossa resposta:


Nos últimos 5 anos o comprometimento orçamentário da UNICAMP com salários passou de 85,83% a 101,49% da cota-parte do ICMS sem reação dos seus dirigentes. Executar o orçamento 2017, já deficitário, demandará usar recursos já comprometidos com obras e investimentos. Nosso Programa de Gestão propõe como solução para esse problema: modernizar e reduzir a estrutura administrativa, descentralizar e corresponsabilizar a gestão entre Reitoria e Unidades Acadêmicas, incentivar a participação e o engajamento da sociedade nas atividades de extensão e de pesquisa, valorizar nossas carreiras e dar cumprimento estrito a um teto salarial nacionalmente coerente e válido igualmente para todos os servidores.

Conheça mais detalhes em nosso Programa de Gestão!

Thursday, February 2, 2017

Portal Crisálida: posicionamento dos Professores Leo Pini e Ivan Ricarte, candidatos à reitoria da Unicamp

O Portal Crisálida convidou os candidatos à Reitoria a responder à seguinte questão:
Prezado(a) candidato(a) à Reitoria da Unicamp,
Considerando que um dos mais consolidados consensos científicos da atualidade é a percepção do caráter preponderantemente antropogênico das mudanças climáticas e dos múltiplos processos que impactam e degradam a biosfera; 
considerando também a necessidade de mitigar quanto possível tais impactos e de melhor compreender sua extensão e desdobramentos, o portal Crisálida teria grande prazer em publicar um texto programático seu a respeito da seguinte questão:
Como entende o(a) colega, se eleito(a) reitor(a), promover um mais efetivo engajamento da Universidade, seja no âmbito da educação ambiental intra- e extramuros, seja no esforço de apontar soluções teóricas e práticas para os graves problemas acima evocados? Em particular, o que propõe o(a) colega em termos de ações diretas em prol da sustentabilidade do Campus?
Segue a nossa resposta.
Em nossa opinião, a UNICAMP já alcançou uma boa solução para a gestão de sustentabilidade intramuros com a instituição, em novembro de 2014, do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), filiado à Coordenadoria Geral da Universidade, e suas instâncias complementares, o Conselho de Orientação Universidade Sustentável (COUS) e as Câmaras Técnicas de Gestão de Energia, de Gestão da Qualidade do Ar, de Gestão de Recursos Hídricos, de Gestão da Fauna e da Flora, de Gestão do Ambiente Urbano, de Gestão de Resíduos e de Educação Ambiental.
Tal solução representa um amadurecimento decorrente de diversas iniciativas anteriores, que podem ser traçadas à Política de Prevenção de Riscos Ambientais (Deliberação CAD-A-003 de 1999), à criação do Grupo de Estudos sobre Gerenciamento e Planejamento Ambiental (Portaria GR-123, de 2003) e do Grupo Gestor Ambiental (Resolução GR-053, de 2006).
Consolidar o trabalho do GGUS e tornar os campi da UNICAMP sustentáveis não será mais que a obrigação da próxima Reitoria. Além de trabalhar na resolução de questões ambientais já observadas, a Universidade tem, na implantação do Campus II de Limeira, uma ótima oportunidade de criar um campus modelo em sustentabilidade e, assim, demonstrar soluções que podem ser replicadas para os demais campi e para a sociedade. Conviver em espaços onde a consciência ambiental esteja cotidianamente presente é um dos modos mais efetivos para promover uma educação ambiental para a vida.
No entanto, precisamos ter também uma atuação em direção a uma sociedade resiliente e sustentável. Entendemos que a UNICAMP pode e deve assumir um papel protagonista em relação a soluções para os problemas ambientais da sociedade. Com seu nome internacionalmente associado à inovação, caberá à Universidade, cumprindo seu papel de instituição pública mantida pela sociedade e alinhada com iniciativas internacionais de Pesquisa e Inovação Responsável (RRI, na sigla em inglês), direcionar parte desse esforço à criação de soluções inovadoras e sustentáveis para as principais questões sociais ambientais. É o fazer ciência com e para a sociedade, dentro dos seis princípios do arcabouço de RRI:
engajamento, na articulação de pesquisadores com a sociedade civil, indústrias e formuladores de políticas públicas;
igualdade de gênero, abordando a modernização na gestão de recursos humanos
educação em ciências, não apenas na formação de futuros pesquisadores mas também de outros atores sociais;
acesso aberto, com transparência e acesso gratuito aos resultados de pesquisas realizadas com financiamento público;
ética, de modo a assegurar maior relevância e aceitação dos resultados da pesquisa e inovação; e
governança, para articular as demais dimensões e assegurar responsabilidade para evitar desenvolvimentos prejudiciais ou antiéticos na pesquisa e na inovação.
Como a Reitoria pode atuar para concretizar tais iniciativas? Em primeiro lugar, reconhecendo que a Pesquisa e Inovação Responsável deve fazer parte dos valores da Universidade. Pesquisadores que produzam inovações frugais, mas com forte impacto social, devem ser tão valorizados quanto aqueles que publicam nos veículos de alto impacto. Nossos pesquisadores e alunos, seja por meio dos trabalhos de Iniciação Científica, seja por meio de atuação em atividades de extensão, devem interagir com a sociedade para identificar e solucionar problemas sociais e ambientais. Porém, acima de tudo, caberá às Unidades, dentro do processo de descentralização que promoveremos, definir como essa atuação junto à sociedade ocorrerá e definir também como valorizar, em seus perfis de promoção, o desenvolvimento desse tipo de pesquisa. Apenas assim poderemos exercitar o papel que nos cabe na promoção de Ensino, Pesquisa e Extensão junto à sociedade que sustenta nossas atividades.