Apresentação


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Monday, November 28, 2016

Boletim 3 - Plano Diretor UNICAMP



A UNICAMP tem instalações em quatro cidades diferentes: Campinas, Paulínia, Limeira e Piracicaba. Este documento traz, de forma inicial, possíveis ações relacionadas ao planejamento dos campi nessas cidades.

O que queremos para os campi da UNICAMP em Campinas e Paulínia
Além da área sede (Campus I), localizam-se nessa região a Fazenda Argentina (Campus II), a sede do CPQBA – Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas em Paulínia (Campus III) e o Colégio Técnico da UNICAMP (COTUCA). Já está em curso na UNICAMP uma ação denominada “Plano Diretor Participativo da Universidade Estadual de Campinas” para elaboração de um Plano Diretor para o Campus I, com os trabalhos de especificação ainda em andamento. Não há ações definidas para as outras duas áreas. Vemos aqui a necessidade de ações para:
  acelerar os trabalhos do Plano Diretor voltado ao Campus I, incluindo a transferência do COTUCA para essa área e o apoio à regulamentação de ações para questões já apontadas nos estudos iniciais, tais como circulação interna, interligação com o exterior, relação com o entorno e o tratamento e planejamento de construções;
  iniciar o planejamento Urbanístico do Campus II de forma a vislumbrar sua integração futura ao Campus I e traçar diretrizes de ocupação para evitar a repetição de erros ocorridos na implantação dos campi atuais;
  integrar aos estudos a sede do CPQBA, sob responsabilidade da sua direção mas que devem interagir com as ações do Plano Diretor da UNICAMP.
O que queremos para os campi da UNICAMP em Limeira
Os dois campi localizados na cidade de Limeira – o Campus I de Limeira abrigando atualmente o Colégio Técnico de Limeira (COTIL) e a Faculdade de Tecnologia (FT); e o Campus II de Limeira, a Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) – merecerão tratamento especial. É urgente a transferência da FT para o Campus II de Limeira para implantar definitivamente esse campus, com uma eficiente instalação das duas Faculdades  de modo a garantir a qualidade de seus cursos de graduação e pós-graduação. Entre outras, as seguintes ações deverão ser realizadas:
  inserção do Campus II de Limeira nas ações do Plano Diretor da UNICAMP;
  apoio especial à ação em curso para a efetivação da licitação dos novos prédios do Campus II de Limeira e que abrigarão docentes e instalações comuns às Faculdades, como a biblioteca;
  apoio especial à instalação de laboratórios das Faculdades para atividades de ensino e de pesquisa no Campus II de Limeira;
  apoio especial aos trabalhos de definição e implantação dos cursos de graduação que completarão o Campus II de Limeira;
  planejamento da ocupação das instalações liberadas pela FT de forma a melhorar a situação de funcionamento do COTIL no Campus I de Limeira;
  ação junto aos governos Estadual e Municipal para obtenção de apoio à expansão das atividades da FT, FCA e COTIL.
O que queremos para a UNICAMP em Piracicaba
O Campus de Piracicaba é dedicado à Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) e abriga atividades de Ensino, Pesquisa, Extensão e prestação de serviços à Comunidade. Seu Plano Diretor é de responsabilidade da diretoria da FOP, mas deve contar com o apoio de ações do Plano Diretor UNICAMP. Deve-se ter presente que, embora dedicado a uma única Faculdade, a inserção do Campus em área da cidade e sua fronteira com o Rio Piracicaba, avenidas de grande fluxo de veículos e vizinhança direta, trazem desafios importantes a serem considerados.

Finalizando: os impactos altamente positivos das ações exemplificadas e aqui reunidas no título “Plano Diretor UNICAMP” torna obrigatória a garantia da continuidade e principalmente da expansão dessas ações.


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Tuesday, November 15, 2016

Boletim 2 - Reorganizando Poder, Finanças e Administração


No post anterior apontamos a necessidade de repensar nossa organização ainda remanescente de uma orientação, válida à época de sua definição, centralizadora. Abordaremos neste contexto três questões intimamente ligadas no âmbito da UNICAMP: estrutura de poder, gerência de recursos financeiros e gerência/estrutura administrativa e que refletem e dão sustentação a essa orientação centralizadora.

Estrutura de Poder: a pessoa do Reitor, conforme nossos estatutos vigentes, dirige a Universidade em seus aspectos – fazendo-se um paralelo com nossa organização de Estado – executivo, legislativo e judiciário. Embora o Conselho Universitário e suas Câmaras sejam, conforme os estatutos, os detentores do poder de decisão final, por seu próprio caráter legislativo, via de regra, só agem à posteriori e na imensa maioria dos casos como órgãos homologadores de decisões financeiras do executivo. É imprescindível enfraquecer o administrador Reitor, submetendo-o de fato aos órgãos superiores nos aspectos cruciais de âmbito financeiro. É vital o Conselho Universitário, suas Câmaras e Comissões terem maior controle também de nossas reservas e recursos extra orçamentários, proporcionando assim maior transparência orçamentária.

Gerência dos Recursos Financeiros: no Brasil, municípios, estados e governo federal têm de realizar a execução orçamentária seguindo com exatidão o orçamento aprovado pelo Legislativo para o ano. O Reitor da UNICAMP não necessita fazê-lo. Realiza despesas não previstas e as apresenta em uma próxima revisão orçamentária (há 3 delas por ano). Assim realiza o gasto e então solicita sua homologação. Esta é uma das fontes da atual situação financeira de nossa Universidade. É vital estabelecer limites estatutários a essa prática. Voltaremos a este complexo e vital tema em um próximo Número.

Estrutura administrativa: a centralização orçamentária, administrativa e, por consequência, do poder em nossa Universidade além de vir, crescentemente, prejudicando o desenvolvimento de muitas ações na UNICAMP, retira o protagonismo – nas ações de Ensino, Pesquisa e Extensão – das Unidades de Ensino e Pesquisa. É imprescindível alterar o centro de poder na UNICAMP, deslocando-o e descentralizando-o para as Unidades de Ensino e Pesquisa.

Com o diagnóstico inicial, percebemos que o tratamento dos problemas apontados não passa por ações cosméticas, exige sim a construção de um novo modelo para a UNICAMP envolvendo em sua elaboração o Conselho Universitário, a administração central, as Unidades de Ensino e Pesquisa, Colégios, Centros e Núcleos de Pesquisa, Hospitais e também as diversas unidades administrativas subordinadas à Reitoria.
Propomos como pontos iniciais do novo modelo:
  • alteração do papel da Reitoria, agora voltada a ações de regulação e mediação;
  • as Pró Reitorias, reduzidas a três, passam a ser órgãos essencialmente de fomento e regulação para o Ensino (em todos os níveis), Pesquisa e Extensão; a Vice Reitoria passa a ser responsável pela administração centralizada que permanecer;
  • descentralização orçamentária em sentido às Unidades com responsabilidade de Ensino, Pesquisa, Extensão, que passarão a administrar seus orçamentos para fins de contratação, promoção, custeio, etc. e atuando conforme suas prioridades, atendidas as regulações definidas;
    • com isto grande parte da estrutura administrativa atual desloca-se para as Unidades fim;
  • tratar as Unidades respeitando sua maturidade acadêmica, cabendo àquelas que já alcançaram a maturidade acadêmica total autonomia na gerência e decisões sobre o uso de seus recursos orçamentários e àquelas em maturação acadêmica e às Unidades jovens atuação de forma supervisionada buscando alcançar a maturidade;
  • os orçamentos das Unidades passam a ser definidos a partir de critérios de dois tipos: estritamente de mérito acadêmico, levando em conta índices externos tais como o conceito CAPES da pós-graduação, a avaliação anual da graduação, prêmios auferidos a membros da Unidade, etc. e a quantidade de alunos de graduação e pós-graduação atendidos;
  • descentralização das atuais unidades administrativas para atuar sob conjunto de Unidades (por exemplo, agrupadas nas sub áreas Tecnológicas, Biológicas, de Saúde, Exatas, de Humanidades e Artes), preservando-se centralizadas aquelas que prestam apoio de âmbito geral, como por exemplo o planejamento do Campus, as Redes de Dados, a Nuvem do Campus/Campi.



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Wednesday, November 9, 2016

Boletim 1




Os debates que ocorrerão neste momento de mudança administrativa que se aproxima proporcionarão a toda a comunidade a oportunidade de análise da trajetória de nossa Universidade, desde os seus primórdios, na década de 60, até o presente momento quando comemoramos os nossos cinquenta anos.
  
A falta de interesse geral nessas comemorações nas diferentes comunidades, chegando mesmo a um completo desinteresse, vem mostrar a desconexão existente entre os que pensam o dia a dia e o futuro da Universidade com os anseios gerais. Isto deve ser encarado como um alerta e, ao mesmo tempo, deve despertar em todos uma profunda preocupação com o nosso futuro.
  
Devemos nos perguntar o que nos levou a esta situação. Devemos creditar todas as dificuldades a fatores externos e essencialmente econômicos? Talvez a falta de um modelo que projete nossas ambições futuras, que interprete o papel que almejamos para a nossa Universidade, seja o que nos falta. O que desejamos ser daqui a 50 anos? Por um lado devemos ter claro o alcance de nossas ações, por outro sabemos que temos o poder de propor paradigmas de grande alcance; não esqueçamos, por exemplo, o efeito da implantação de nosso vestibular há alguns anos e que repercutiu na própria organização curricular do Ensino Médio.
  
Um exemplo recente desta incapacidade de tratarmos a UNICAMP foi o processo de elaboração e o início de discussão dos novos Estatutos. É possível vislumbrar algum norte na proposta submetida e longamente discutida? Todo o trabalho de desenvolvimento da proposta foi dedicado a melhorar aspectos de redação e organização do texto, e algumas poucas inclusões / exclusões de membros votantes. E nem mesmo isso resultou em algo, pois o processo foi interrompido e tudo retornou ao que era antes. Frustante!
  
Olhar o futuro da UNICAMP é dedicar um olhar a seus aspectos internos – com repercussão, entre outros em nossas questões acadêmicas, administrativas e organizacionais – o que tem certamente grande impacto naquilo que nossa Universidade almeja repercutir nos aspectos além de suas fronteiras, abarcando ações acadêmicas amplas no ensino, pesquisa e extensão.
  
Considerando inicialmente e de forma breve os aspectos internos – base para todas as ações – é importante reconhecer que nossas estruturas administrativas não evoluíram de forma apropriada. Iniciamos, administrativamente, como uma Universidade pequena, com poucas Unidades acadêmicas, poucos Cursos, pequena área geográfica, pequena população interna e chegamos ao que somos hoje, com enorme expansão em todos estes aspectos e mantendo a mesma filosofia administrativa de centralização extrema. Este é ponto importantíssimo e exigirá nossa reflexão. Descentralizar poder, recursos financeiros, administração é imprescindível; modernizar nossa infraestrutura de trabalho é o caminho. Voltaremos a este ponto em futuro documento.
  
Tratando agora nossa repercussão externa, temos há muito falta de projetos estruturantes que incentivem nossa participação em ações de alcance municipal, estadual, federal e internacional. O modelo instituído há mais de uma década e ainda vigente baseado no denominado Planejamento Estratégico, embora possa talvez sossegar muitos espíritos, tem resultado em poucas ações concretas. Temos a capacidade e o dever de propor e gerir ações estruturantes no Ensino – médio, superior, pós-graduado, na Pesquisa – nossa vocação natural e na Extensão; congregando sempre que couber aspectos multidisciplinares. Cabe à administração Central facilitar ações com este perfil e geridas por nossas Unidades.

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