Apresentação


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Wednesday, November 9, 2016

Boletim 1




Os debates que ocorrerão neste momento de mudança administrativa que se aproxima proporcionarão a toda a comunidade a oportunidade de análise da trajetória de nossa Universidade, desde os seus primórdios, na década de 60, até o presente momento quando comemoramos os nossos cinquenta anos.
  
A falta de interesse geral nessas comemorações nas diferentes comunidades, chegando mesmo a um completo desinteresse, vem mostrar a desconexão existente entre os que pensam o dia a dia e o futuro da Universidade com os anseios gerais. Isto deve ser encarado como um alerta e, ao mesmo tempo, deve despertar em todos uma profunda preocupação com o nosso futuro.
  
Devemos nos perguntar o que nos levou a esta situação. Devemos creditar todas as dificuldades a fatores externos e essencialmente econômicos? Talvez a falta de um modelo que projete nossas ambições futuras, que interprete o papel que almejamos para a nossa Universidade, seja o que nos falta. O que desejamos ser daqui a 50 anos? Por um lado devemos ter claro o alcance de nossas ações, por outro sabemos que temos o poder de propor paradigmas de grande alcance; não esqueçamos, por exemplo, o efeito da implantação de nosso vestibular há alguns anos e que repercutiu na própria organização curricular do Ensino Médio.
  
Um exemplo recente desta incapacidade de tratarmos a UNICAMP foi o processo de elaboração e o início de discussão dos novos Estatutos. É possível vislumbrar algum norte na proposta submetida e longamente discutida? Todo o trabalho de desenvolvimento da proposta foi dedicado a melhorar aspectos de redação e organização do texto, e algumas poucas inclusões / exclusões de membros votantes. E nem mesmo isso resultou em algo, pois o processo foi interrompido e tudo retornou ao que era antes. Frustante!
  
Olhar o futuro da UNICAMP é dedicar um olhar a seus aspectos internos – com repercussão, entre outros em nossas questões acadêmicas, administrativas e organizacionais – o que tem certamente grande impacto naquilo que nossa Universidade almeja repercutir nos aspectos além de suas fronteiras, abarcando ações acadêmicas amplas no ensino, pesquisa e extensão.
  
Considerando inicialmente e de forma breve os aspectos internos – base para todas as ações – é importante reconhecer que nossas estruturas administrativas não evoluíram de forma apropriada. Iniciamos, administrativamente, como uma Universidade pequena, com poucas Unidades acadêmicas, poucos Cursos, pequena área geográfica, pequena população interna e chegamos ao que somos hoje, com enorme expansão em todos estes aspectos e mantendo a mesma filosofia administrativa de centralização extrema. Este é ponto importantíssimo e exigirá nossa reflexão. Descentralizar poder, recursos financeiros, administração é imprescindível; modernizar nossa infraestrutura de trabalho é o caminho. Voltaremos a este ponto em futuro documento.
  
Tratando agora nossa repercussão externa, temos há muito falta de projetos estruturantes que incentivem nossa participação em ações de alcance municipal, estadual, federal e internacional. O modelo instituído há mais de uma década e ainda vigente baseado no denominado Planejamento Estratégico, embora possa talvez sossegar muitos espíritos, tem resultado em poucas ações concretas. Temos a capacidade e o dever de propor e gerir ações estruturantes no Ensino – médio, superior, pós-graduado, na Pesquisa – nossa vocação natural e na Extensão; congregando sempre que couber aspectos multidisciplinares. Cabe à administração Central facilitar ações com este perfil e geridas por nossas Unidades.

Venham pensar conosco!



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