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Friday, January 20, 2017

Boletim 10 - Ensino: necessitamos cunhar uma nova realidade



A razão de ser de uma Universidade está na formação de seus alunos e, na UNICAMP, temos uma grande responsabilidade com os cerca de 50 mil alunos que passam anualmente por aqui na Graduação (41%), na Pós-Graduação (34%, incluindo a Especialização), nos cursos de Educação Continuada (17%) e nos Colégios Técnicos (8%). Num ambiente propício ao Ensino não deve haver barreiras artificiais entre os diferentes níveis, que estarão congregados sob a Pró-Reitoria de Ensino, cuja criação faz parte de nossa proposta (consultar esse tema em nosso Boletim 7).
É essencial que a UNICAMP ofereça a seus discentes um ambiente física e mentalmente saudável, no qual as atividades de Ensino não sejam um fardo, mas que estejam articuladas com e no mesmo nível de importância que as demais atividades universitárias em Pesquisa e em Extensão. Nossos Programas de Apoio – acadêmico, financeiro, de saúde, emocional – são essenciais ao desempenho correto de nossos alunos e serão tratados prioritariamente, obedecendo a critérios de centralização e descentralização para torná-los mais efetivos.
Com relação aos Colégios, entendemos serem instrumentos de grande importância não só acadêmica, mas também de inclusão, oferecendo um modelo de desenvolvimento de atividades que ultrapassa em muito nossas fronteiras e podendo servir de modelo para Escolas estaduais. Acelerar a transferência do COTUCA para o Campus Zeferino Vaz e propiciar uma expansão de área ao COTIL, como efeito colateral amplamente positivo da transferência da Faculdade de Tecnologia para o Campus II de Limeira (consultar este tema em nosso Boletim 3), são prioridades com relação aos Colégios e às Faculdades de Limeira – FT e FCA.
Agregar às atividades de Extensão o enfoque acadêmico propiciado pela nova Pró-Reitoria de Ensino valorizará ainda mais esse aspecto já presente em nossas atividades de ensino de extensão. Agregar a Escola de Extensão ao guarda-chuva desta Pró-Reitoria propiciará possibilidades de atuação e de aprendizagem complementares aos nossos discentes, bem como recursos adicionais a serem aplicados exclusivamente ao Ensino e atividades relacionadas, como a atuação de Empresas Juniores e Atléticas.
Nossas atividades de Pós-Graduação vem sofrendo, desde 2015, de grande diminuição de recursos provenientes do Sistema CAPES e CNPq. Tendo sido preservados, em sua grande parte, os recursos de apoio na forma das bolsas, caberá à administração central – Pró Reitorias de Pesquisa, Ensino e Extensão – definir ações de apoio financeiro de suporte aos investimentos e manutenção das atividades de Pós-Graduação.
O ingresso à Graduação em nossa Universidade já obedece a critérios de inclusão que atendem às diretrizes estaduais. A última alteração em critérios do Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (PAAIS) trouxe o número de ingressantes para mais próximo da meta de 50% de vagas a alunos provenientes do Ensino Público, preservando aspectos acadêmicos. É preciso reconhecer que um aperfeiçoamento ainda se faz necessário, conectando ao processo uma avaliação econômica mais pormenorizada de todos os alunos que se candidatem ao ingresso via PAAIS.
Vemos que dois segmentos merecem políticas próprias – acadêmicos com desempenho inferior e acadêmicos com desempenho excepcional. Para os primeiros foi aprovado recentemente um apoio em termos de bolsas PED e PAD para atividades de reforço. O segundo grupo não possui nenhum programa de incentivo e isso deve ser corrigido. Acreditamos que a eliminação de barreiras entre os diferentes níveis no Ensino poderão trazer benefícios aos dois segmentos.
Consideramos que a demanda por cotas raciais já está atendida por nosso sistema de pontuação especial dedicado às populações de origem negra e indígena. Assim a Universidade deve dirigir seu esforço não a paliativos mas à discussão e solução de acesso às Universidades. Uma rediscussão da Lei Orçamentária Anual paulista, que em sua versão 2016 direcionou menos de R$ 30 bilhões (25%) para o ensino pré universitário, é a ação correta. Sem alterar esse perfil orçamentário e também o modelo acadêmico, jamais obteremos uma maior igualdade entre os diferentes extratos econômicos da população. Nossas cerca de 3.400 vagas anuais para a graduação representam muito pouco diante da correta demanda por uma inflexão social. Um ensino pré-escolar, fundamental e médio de qualidade para os 9,5 milhões de crianças e jovens representa a correta postura para oferecer um ensino de qualidade a toda a população. A UNICAMP, ao atuar politicamente nessa questão, poderá propor e impulsionar um Programa de atuação envolvendo as Universidades Paulistas, governo estadual e prefeituras.

Venham pensar conosco!

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